Hugo Canoilas participa na 30ª Bienal de São Paulo, este ano comissariada pelo venezuelano Luis Pérez-Oramas. O projecto do artista ocupa todo o Museu da Casa do Bandeirante, estabelecendo um diálogo entre objectos da colecção do museu – do século XVII ao XIX – e um conjunto de objectos produzidos durante uma viagem realizada ao longo do rio Tietê. A viagem foi preparada por um conjunto de leituras – de Mário de Andrade a Wally Salomão – que acabaram por se projetar sobre ela, assim como sobre as obras apresentadas em formato vídeo e nas pinturas e objectos colocados nas margens do rio. Os artefactos que constituem a colecção, comprados de forma a sugerir a vida dos bandeirantes, são colocados em diálogo com o presente (a poluição do rio, o modo como as casas dos bandeirantes são habitadas hoje, o tecido social em torno do rio Tietê).