A exposição Moldada na Escuridão, de Hugo Canoilas, é o ponto de partida para um programa público de conversas e debates que se articulam em torno da projeção do filme Theodora or The Progress (2021), realizado pelo coletivo de artistas Alpina Huus, de que fazem parte Hugo Canoilas, Elise Lammer, Niels Trannois, Florence Peake, entre outros.
Com as colaborações de Chus Martínez, Elise Lammer, Hugo Canoilas e Rita Fabiana, o programa procura questionar de que forma algumas práticas contemporâneas de investigação artística permitem repensar e re-imaginar criticamente novos modos de estar e de fazer, abrindo-se a outros modos de coexistência cultural, social e ecológica. O debate procura igualmente indagar de que forma essas práticas artísticas podem gerar estratégias de resistência a uma visão e construção hegemónica da vida e do mundo, que estão no centro da injustiça social e climática e que produzem continuamente novas formas de desigualdade, discriminação e exclusão.
O encontro entre o projeto Moldada na Escuridão e o filme Theodora or The Progress é também uma oportunidade para repensar e debater possíveis modos de coexistência e de relação entre animais-humanos e animais-não humanos, com ecos nas relações simbióticas e mutualistas, procurando fundar novas formas de atenção e empatia.
A exposição Moldada na Escuridão está atualmente em apresentação na galeria de exposições temporárias do Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, e pode ser visitada até 30 de maio.