2014.02.17
ARCOmadrid 2014
Francisco Tropa, Paus, 2012. Conjunto de 5 elementos em bronze. Dimensões variáveis 
Paulo Nozolino, Napoli, 2013. Díptico. Prova em brometo de prata sobre alumínio. 80 x 245 cm. Edição de 3 
2014.02.19—2014.02.23
Feria de Madrid, Madrid, Espanha, stand 9E08
ARCOmadrid 2014

A Galeria Quadrado Azul está presente na ARCOmadrid 2014 – Feira Internacional de Arte Contemporânea, a decorrer entre 19 e 23 de Fevereiro. No stand 9E08 do recinto da Feria de Madrid podem ser vistos trabalhos de: Ana Santos, André Sousa, Candice Lin, Francisco Tropa, Hugo Canoilas, Mika Tajima, Paulo Nozolino, Willem Oorebeek e Willem Weismann.
     

Ana Santos (Portugal, 1982), galardoada este ano com o Prémio Novos Artistas Fundação EDP, apresenta um conjunto de trabalhos recentes. São peças que reflectem uma procura essencial na sua prática: pensar a criação de objectos e a sua articulação com o espaço expositivo, dentro do campo alargado do desenho. O seu processo, variado e económico, procura encontrar diversas soluções formais para um exercício contínuo, pragmático e rápido de fixação do gesto e da ideia contida nesse mesmo gesto como acção transformadora.
     

De André Sousa (Portugal, 1980) pode ser visto o trabalho O Rabo do Lagarto, de 2010. O artista tem vindo a questionar continuamente, através de diferentes meios como o vídeo, a fotografia, o desenho, a pintura, a escultura e a performance, não só as formas de criação e recepção das obras de arte, mas também os processos de institucionalização do artista e do seu trabalho. Com um olhar crítico sobre a sociedade, o seu trabalho é influenciado por contextos de contracultura, por movimentos e atitudes anti-sistema, por subculturas.
     

The Body Politic (interrupted, reordered) (2013) de Candice Lin (Estados Unidos, 1979) é revelador de uma prática em permanente questionamento sobre problemas raciais e de género, e sobre a forma como as estruturas de poder, sobretudo o colonialismo e o imperialismo, estão implicadas na construção de identidades. A artista tem exposto em instituições norte-americanas como o San Jose Museum of Art, Vincent Price Art Museum, Provincetown Art Association and Museum, Hirshhorn Museum, e participa na mostra colectiva Une machine désire de l'instruction comme un jardin désire de la discipline, a inaugurar em Março no FRAC Lorraine, em França.
     

De Francisco Tropa (Portugal, 1968) pode ser visto um conjunto de trabalhos que têm sido apresentados em diversas exposições internacionais. O artista tem obtido uma significativa atenção por parte das instituições e da crítica, tendo representado Portugal na edição da Bienal de Veneza de 2011, e participado na Bienal de Rennes (2012), na Bienal de Istambul (2011), na Manifesta (2000), na Bienal de Melbourne (1999) e na Bienal de São Paulo (1999). Diversos meios são utilizados por Tropa para convocar uma série de reflexões introduzidas por diferentes tradições da escultura.
     

De Hugo Canoilas (Portugal, 1977) é mostrada uma série de pinturas. O artista, que participou na última edição da Bienal de São Paulo e cujo trabalho tem sido exibido neste último ano em locais como o Workplace London, no Reino Unido, na Galeria Nosbaum&Reding, Luxemburgo, na Ve.Sch, Áustria, na WAF Kunstbuero, Áustria, na Galerie Kamm, Alemanha, na Galeria Jaqueline Martins, Brasil, e no Kunstverein Schattendorf, Áustria, desenvolve uma obra em permanente mutação, utilizando um vasto leque de linguagens e suportes, e que se manifesta de forma heterogénea. Canoilas pretende renovar o olhar sobre o já dito e o já feito na arte.
      

Mika Tajima (Estados Unidos, 1975) apresenta trabalhos que integraram a exposição individual da artista na Galeria Quadrado Azul, Lisboa, em 2013. Conectando a abstracção geométrica à forma do nosso ambiente construído, o trabalho de Tajima explora a produção do sujeito performativo em espaços onde objectos materiais desenham a acção e a ocupação. O seu trabalho foi apresentado em destacadas instituições norte-americanas como o San Francisco Museum of Modern Art, o Whitney Museum of Art, o deCordova Sculpture Park and Museum, e ainda no Centre Pompidou, em França, e no Mori Art Museum, no Japão.
      

As fotografias Rock, somewhere on the Atlantic coast (1984), Dead Mule (2008) e Napoli (2013) de Paulo Nozolino (Portugal, 1955) podem ser vistas na ARCOmadrid. Nozolino é uma das figuras centrais da fotografia contemporânea. Encara a fotografia como a vida, usando-a tanto para compreender o mundo como a si próprio e levando-a até aos limites das suas interrogações, das suas respostas e das suas vivências. O reconhecimento público acompanha a obra do artista desde o início. São disso reflexo prémios tão relevantes como a Villa Médicis, em França (1994), ou o Grande Prémio Nacional de Fotografia (2006) e o Prémio Sociedade Portuguesa de Autores (2013), em Portugal.
    

De Willem Oorebeek (Holanda, 1953) são mostrados trabalhos que dão a conhecer a atenção do artista à questão da imagem e da sua representação. Explorando as noções de repetição, reprodução, autoria e originalidade, Oorebeek trabalha naquele que considera um ciclo infinito de destruição e de recirculação de imagens impressas. O seu método característico passa por uma recolha de material impresso do domínio público dos meios de comunicação de massas e por uma manipulação do mesmo e sua transposição para outros meios, recorrendo frequentemente a técnicas das artes gráficas. Actualmente, tem patente na Galeria Quadrado Azul, em Lisboa, a exposição individual Séance BLACKOUT (A London Couch) 2012 – 2013.
      

É de um mundo contemporâneo caracterizado pelo excesso e pelo desperdício que Willem Weismann (Holanda, 1977) extrai a matéria para o seu trabalho em pintura. Ambientes, casas, personagens, acontecimentos, objectos, são elementos que surgem na tela, combinados de forma fragmentada e cobertos por cores fortes. Mais do que representar uma realidade, o artista cria enredos nos quais as personagens e os objectos já nada têm a ver com o contexto do qual foram retiradas. Em Madrid, podem ser vistas algumas pinturas recentes da última individual do artista na Galeria Quadrado Azul, no Porto, em 2013.

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