2022.09.24—2022.11.12
Museu Mineiro
Isabel Carvalho

Inauguração | 24 de setembro | 16h   

   
Na exposição Museu Mineiro, Isabel Carvalho dá continuidade à pesquisa em torno do “nuclear”, em especial sobre o envolvimento histórico de Portugal no polémico debate sobre os seus usos e os efeitos desta energia no contexto internacional. Combinando factos reais, passados e presentes, e ficção, a artista apresentou, em junho deste ano, um primeiro momento deste projeto, na Gruta (Galeria Quadrado Azul, Lisboa), composto pela leitura de um conto de sua autoria e de uma escultura, ambos intitulados “A comunidade das Grutas. Novas descobertas”, onde abordou a permanência de uma agência americana de deteção sismográfica de testes nucleares situada em V. N. Gaia. Mostra agora, no Porto, um conjunto de trabalhos que tomam como ponto de partida as reivindicações das populações da Urgeiriça, Viseu, por um Museu que faça justiça ao seu passado mineiro. Como tem vindo a evidenciar-se no seu percurso, o processo de trabalho inicia-se num texto literário que lhe serve de referência. Desta vez, o texto é um segundo conto por si escrito a par da construção das obras em exposição.
   
UM MUSEU MINEIRO

   

Passámos, no dia a dia, por janelas como as dos comboios, das casas e daquelas outras onde procuro agora pesquisar sobre o tema “nuclear”[1]. São janelas de vidros emoldurados, preenchidas com configurações oscilantes de luzes e cor, em rápidos movimentos a revelarem realidades fugazes. Ao abri-las, sucessivamente, recebo uma explosão de partículas que me dão diferentes perspetivas, depoimentos e imaginários que vêm de longe[2] e revelam que o nuclear é algo de muito pouco concreto, que não se vê, não se toca, que tudo trespassa de forma discreta e que é factualmente letal. Por constatar estas características, sob uma espécie de atrativo vertiginoso, procuro compreender o alcance das suas manifestações. O aparato discursivo em redor do “nuclear” é efetivamente gigantesco. Agarro somente um pequeno pedaço e iludo-me ao pensar que posso estar perto de compreender o potencial das suas várias dimensões e escalas, pois as janelas, ainda que translúcidas, são simulacros, enganos do olhar e há (sempre houve) pouca transparência na mediação deste assunto. Por esta via, assisto apenas a um fluxo de dados que é nocivo quando a informação não é exata. Além do mais, a perspetiva que cada janela nos dá é apenas um fragmento. Mas é possível que a abordagem mais apropriada a esta invisível e impalpável materialidade seja a de ir acumulando pequenas partes – fragmentos – para poder criar um tipo de mosaico e fazer um pouco de reconstituição histórica.

   
É provável que falar do “nuclear” a partir de janelas me tenha surgido da impressão causada precisamente por ter lido um pequeno depoimento de quem, através delas, testemunhou o espetáculo provocado pelas explosões nucleares que, de início, lhe terão parecido algo mágico, semelhante a um fogo de artifício festivo, de luzes e cores visualmente atordoantes, mas que depois sentiu de perto a morte provocada pelo efeito radioativo nos corpos e como estes apodreceram silenciosamente[3]. Certo é que há, desde o início do seu uso, uma aproximação entre o aparato nuclear e a estética[4].

   
No atual contexto de guerra, presenciamos a ocupação das principais centrais nucleares da Europa e sucessivas ameaças, que nos convocam, geracionalmente, a revisitar o passado sob este perigo, como se se tratasse de um derradeiro imaginário de fim do mundo, de erradicação humana, que nos parece, por irónia, finalmente coeso e familiar. É uma situação globalmente aflitiva porque sabemos já o suficiente sobre o que está em causa e quais as consequências para a vida neste planeta. O meu esforço tem sido dissolver o medo (sentimento tão presente e instrumentalizado quando se fala em “nuclear”), ao voltar a atenção para dentro: quer para o corpo, quer esse mesmo corpo localizado num determinado espaço. Comecei por formular uma pergunta que me servisse de orientação: qual o envolvimento (político), largamente assumido como neutro, desta “nossa” posição geográfica? Lembrei-me, por momentos, que no princípio deste século XXI, durante vários anos, passámos, eu e a minha família, férias num hotel localizado mesmo em frente às minas desativadas da Urgeiriça, em Viseu. Por essa altura, aquela localidade aparecia nas notícias televisivas pelos sucessivos boicotes da população às urnas durante as eleições. Esta memória é agora avivada e assume contornos muito concretos. Este ano quando regressei à Urgeiriça, vi as mesmas ruas, já antes desertas, mas agora pontuadas por bandeiras negras e lonas reivindicativas. A população mineira da Urgeiriça reclama um Museu Mineiro que cumpra a justiça histórica, que confirme os danos sofridos nos seus corpos negociados por pouco, que tanto contribuíram para o avanço tecnológico e para a eventual produção de armamento nuclear. E é esta a imagem que fixo, de desejo coletivo de repor a verdade e de contar uma outra história. A indignação é justa: pela escassa informação que circula sobre os danos que resultaram do período de exposição radioativa, pelo abandono político daquele lugar e das pessoas que ali construíram as suas vidas, pela incerteza do futuro...

   
Em Portugal abundam exemplos semelhantes, porventura menos mediáticos comparativamente às zonas geográficas de outros países onde ocorreram acidentes nucleares, pelo que se comprova que também neste assunto, sob o discurso de (falsa) “neutralidade”, nunca é oportuno rever o passado.

No artigo publicado em 2018, Carnation Atoms[5], a questão “nuclear” é associada ao despotismo do Estado Novo – que não só vendeu o urânio extraído em território português como esperava vir a utilizar os recursos das colónias do império –, e aí é referido que são as epistemologias civis que emergem já na democracia que são vistas, com otimismo, como as verdadeiramente “antinucleares” ao fazerem frente ao “núcleo” de um poder centralizado. O “Festival pela vida, contra o nuclear” (1978), decorrido em Ferrel, é o caso paradigmático que ilustra como a mobilização popular, à qual se aliaram cientistas (e não astrólogos, hippies, como se disse para deslegitimar a mobilização), contra a instalação de uma central para ali prevista venceu. Facto é que não temos centrais nucleares como a vizinha Espanha, mas assume-se como “lírico” pensar-se que foram de facto as populações locais, os anteriormente apagados da História, que conseguiram demover o governo já democraticamente eleito da sua decisão, pois, afinal, também esse governo seria favorável à opção nuclear eventualmente como marca da sua posição modernizada –seguindo a opinião de que um país não nuclearizado é um país subdesenvolvido, uma vez que um país de reservas não as usa necessariamente em seu proveito. Inquestionável é que a mobilização popular teve uma forte influência nos imaginários nucleares, esclarecendo-os, obrigando-os a ampliar os seus limites e principalmente erradicando as ardilosas mentiras assentes no medo, na necessidade de proteção (o famoso “átomo da paz”, em plena Guerra Fria) e nos seus outros duvidosos benefícios. Já nada passaria sem uma contra-imagem que propusesse repor a verdade dos factos. As epistemologias civis formaram-se efetivamente da fragmentação, do estilhaçar do “núcleo” – da anterior centralidade do desígnio coletivo não autodeterminado. Com efeito, assumir uma posição antinuclear é pensar-se em conjunto, democraticamente, e quando urgente formar alianças.

   
Para esta exposição, que apresento como um momento a ter continuidade[6], considerei particularmente interessante atender às mudanças epistemológicas e, inevitavelmente, às mudanças percetivas, às visões e aos imaginários que refletem uma posição combativa do(s) corpo(s), principalmente na frente “antinuclear”. Numa afigurada explosão do real a par da implosão dos corpos – na perceção de si mesmos, das suas subjetividades, que confirmem uma mudança para uma espécie de (sobre)vivência solidária, podendo servir para modelar imaginários sobre o nuclear – quis criar peças que pudessem ser associadas à memória e de como somos assombrados pelos factos passados. Visivelmente, estas peças (re)apresentam tanto “coisas” (ossos e pulmões, sóis, fungos, túneis, etc.) como ainda a matéria de que são feitas e os seus conceitos, resultando em algo com uma larga margem de imponderação. A minha proposta é prosseguir a partir daqui com exercícios de ficção literária, ampliando os meios e o espaço de reflexão do processo criativo.

Porto, agosto de 2022.

Isabel Carvalho


[1] Tema da próxima revista Leonorana – um projeto editorial que mantenho desde 2017 – que está, neste momento, a ser trabalhado pela equipa editorial composta por Vanessa Badagliacca e que conta com o apoio de José Carlos Marques como consultor.

[2] O conceito de átomo surge já na Antiguidade, embora tenha sido pensado de modo diverso.

[3] Alexievich, S. (2016). Vozes de Chernobyl: história de um desastre nuclear. Tradução de Galina Mitrakhovich. Lisboa: Elsinore.

[4] Quando se fizeram os primeiros testes em território americano, sob o nome de Trinity, o físico responsável pelo projeto, Robert Oppenheimer, descreveu o “espetáculo”, enaltecendo a conquista científica e minimizando os efeitos nefastos derivados das explosões, a partir da lembrança de um poema hindu – Se o brilho de mil sóis/ irrompesse de uma só vez no céu,/ isso seria como o esplendor do poderoso. A comparação poética, na comunicação pública da ocorrência como sendo do âmbito do sublime, poderá causar hoje indignação, mas na altura terá passado incólume.

[5]  Pereira, T. S., Fonseca, P. F. C., e Carvalho, A. (2018). Carnation Atoms? A History of Nuclear Energyin Portugal. Minerva.

[6] Precede a esta exposição, o evento realizado em junho deste ano, na Gruta — um projeto do artista Hugo Canoilas para a Galeria Quadrado Azul em Lisboa – quando escrevi, li e publiquei, em formato de cartaz, um conto intitulado A Comunidade das Grutas... Novas descobertas sobre o envolvimento de Portugal nas políticas internacionais de nuclearização.

   
MUSEU MINEIRO
Texto de Vanessa Badagliacca
   
É apenas a plena realização do nosso comportamento auto-destrutivo partilhado, 
quer do bloco oriental ou ocidental, quer do hemisfério norte ou sul, o que nos pode levar adequadamente a uma mudança.   
Chamei a esta mudança um tempo para florescer.
   
   
Rosalie Bertell,
No Immediate Danger. Prognosis for a Radioactive Earth, 1985

   

   
A actual crise climática e a consequente necessidade urgente de encontrar formas alternativas de produzir energia, a guerra na Ucrânia que começou em Fevereiro deste ano trazendo à tona a dependência energética de alguns países europeus e mediterrânicos dos combustíveis fósseis importados da Rússia, despertou uma nova preocupação em relação à produção de energia nuclear. Esta está ligada a medos que evocam algumas das mais terríveis catástrofes dos séculos XX e XXI, como as bombas atómicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, o acidente nuclear em Chernobyl, a catástrofe de Fukushima, as experiências nucleares na Coreia do Norte, para chegar à actual ameaça nuclear causada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
   
O imaginário proveniente da energia nuclear, referido pelo poeta Drew Milne no seu “Poetry After Hiroshima? Notes on Nuclear Implicature” (2017), está actualmente a reemergir com uma dupla face relativa ao poder e perigo que transmite. O que é que torna a energia nuclear de hoje tão fácil, tão atractiva? Retornando à pergunta do título de uma colagem que Richard Hamilton apresentou em 1956 e substituindo a palavra original “Casa” por “Nuclear,” podemos encontrar algum espaço para reflexão. Através dessa peça, o artista britânico reconheceu o espaço doméstico como a principal arena por onde canalizar a publicidade de um novo conjunto de mercadorias que inclui o corpo masculino e o feminino, como resultado de uma sociedade consumista. Ambos são uma imagem de progresso e uma promessa de modernidade que anda a par com a possibilidade de emancipação por parte de fornecedores externos.
   
No caminho para a optimização da energia solar e eólica, a energia nuclear é vista como uma resposta para manter uma produção constante deste tipo de energias renováveis sendo, por isso, útil para estabilizar o valor das chamadas energias limpas e para alcançar o nível de emissões zero. A promessa de uma tecnologia avançada para a sua implementação torna-a ainda mais apelativa, oferecendo uma imagem de produção energética actualizada e compatível com as necessidades individuais e industriais. No entanto, este tipo de peritagens parecem descartar completamente ou ocultar o outro lado da suposta imagem de pureza e limpeza que a energia nuclear produzida com a tecnologia mais sofisticada deseja vender. Por mais limpa e pura que seja não se livra, e não se pode livrar, dos resíduos provenientes do urânio. Numa altura em que o benefício da suposta energia limpa é promovido como uma promessa para a implementação de uma energia que dispensa a exploração dos solos e dos recursos que empobrecem a Terra, o perigo dos resíduos nucleares é silenciado. O nuclear é atractivo, limpo, moderno e avançado. Numa palavra, é a evolução.
   
As artes têm respondido com interesse e colocado questões complexas sobre a produção de energia nuclear, quer seja a favor ou contra. Por exemplo, no contexto do pós-guerra Italiano, as centrais nucleares instaladas no sul da Itália no início dos anos 1950 foram consideradas uma via para o desenvolvimento industrial – embora sem qualquer consenso político público através de uma votação que legitimasse a sua implementação no país – e encerradas imediatamente após o desastre de Chernobyl. Este foi o ambiente social e político que em 1951 deu origem ao “Manifesto Della Pittura Nucleare” (“Manifesto de Pintura Nuclear”), cujos principais porta-vozes, Enrico Baj e Sergio Dangelo, consideraram inicialmente com entusiasmo as novas possibilidades oferecidas pela energia nuclear. Este último foi associado à disrupção do academicismo no campo da arte e ao alargamento das fronteiras desta disciplina, tal como o Futurismo ou o Espacialismo tentaram fazer anteriormente.
   
No entanto, como a historiadora de arte Gabrielle Decamous (2011) aponta de forma contundente: o interesse pelo átomo dentro das artes não surgiu após o bombardeamento, mas data de há muito tempo, por exemplo, da filosofia grega e da poesia latina com De Rerum Natura, de Lucretius, que também inspirou a obra de Enrico Baj. No entanto, Baj não levou muito tempo a afastar-se da fé depositada no nuclear e a desenvolver uma postura anti-nuclear crítica relativamente a esse cenário. É um facto que os desastres atómicos que ocorreram no século XX e início do século XXI foram cruciais para que os artistas tomassem uma posição – a curto ou a longo prazo – relativamente ao perigo da energia nuclear.
   
Também parece valer a pena mencionar o movimento feminista anti-nuclear em ascensão no Reino Unido e nos EUA no final dos anos 1970 no âmbito do crescente interesse pela energia nuclear e pelas suas consequências. O enfoque na cultura nuclear e radioactiva na arte contemporânea merece, de facto, uma argumentação mais alargada. O que parece relevante neste contexto, é reconhecer o conjunto de obras que Isabel Carvalho apresenta nesta exposição na galeria Quadrado Azul como um lugar para repensar e complexificar questões que esbatem as fronteiras entre arte e ciência, e que também implica uma convergência de posições políticas, sociais e estéticas.

   
Tomando como ponto de partida uma forma de “pensar a partir de” (nas palavras de Donna Haraway) uma história situada que a leva a metaforicamente à “mina” das suas memórias de infância, Isabel Carvalho explora um local no norte de Portugal, chamado Urgeiriça. Intersectando a história local e os enredos materiais que interrogam e pedem para tomar uma posição sobre o papel e a “capacidade de resposta” (continuando com as palavras de Haraway) que o país tinha e tem em relação à extracção de urânio como matéria-prima para exportação, esta exposição entrelaça as relações entre indústria nuclear, história nuclear e estética. Se a extracção de urânio não foi e não é ainda considerado um processo nuclear, segue-se que se aplicam regulamentos diferentes das centrais nucleares, e consequentemente ao controlo e segurança dos trabalhadores e do ambiente. Estas relações políticas complexas são sintetizadas pela historiadora Gabrielle Hecht (2013) através do conceito de “nuclearidade”. E – como o título de uma das peças apresentadas comprova – os habitantes da aldeia reivindicam um Museu do Mineiro.
   
O conjunto de obras apresentado por Isabel Carvalho, embora ancorado num local e num tempo específicos, parece transcender qualquer definição e medida cronológica. Uma dimensão do mito, antiga e moderna, é convocada numa espécie de dimensão intemporal. Depois de nos depararmos com a peça SolAcidental, que nos mergulha num duplo contraste de azul e amarelo, estamos encapsulados numa espécie de escala de tempo que se estende desde uma dimensão pré-humana a uma dimensão pós-humana, através do Friso dos geóglifos, Cintilografia, Reclamando uma intra-actividade em direcção às Epistemologias Civis: Por um MuseuMineiro e As pequenas candeias; os últimos habitantes. Desta forma, a artista cria relações simbólicas entre a matéria e os processos ambientais nas paisagens nucleares que alteram as noções convencionais de tempo e espaço. Como Karen Barad assinalou: “A temporalidade da exposição à radiação não é de imediatismo; pelo contrário, a radiação reelabora esta noção, que deve então incluir gerações anteriores e vindouras”. (2017: G109)
   
O trabalho de Isabel Carvalho evoca imagens de uma anatomia florescente em plena força. A respiração, por mais involuntária e natural que possa parecer, liga-nos a uma espécie de forma de viver ancestral no planeta e, no entanto, neste contexto de efeitos de cor deslumbrantes, evocações de partes anatómicas dos corpos em grande escala provocam uma sensação de perturbação e desconfiança, que contrabalança com uma elegância e sensualidade vibrantes. Desenhar com argila – como a artista declarou uma vez no seu estúdio – pode ser considerado uma espécie de processo de impressão, imprimindo sobre a superfície para lhe dar forma.
   
Metaforicamente, poderia traduzir a forma como a radioactividade deixa a sua marca na paisagem e em todos aqueles que nela vivem, se deitam, e até voam. Uma interrogação acerca da responsabilidade humana em relação ao uso do nuclear no passado e no presente que não tenta recuperar uma suposta ideia de natureza perdida, mas sim tenta abrir-se a novos entendimentos para re-habitar um planeta degradado. Abordando questões sociais, políticas e estéticas, a exposição “Um Museu Mineiro” abre um espaço para o debate, para pensar em possíveis formas de mudança, para um tempo de florescimento.
   
Vanessa Badagliacca
Tradução: Sara Magno

Isabel Carvalho e Clara Batalha, Friso de geoglífos (pormenor), 2022 
Museu Mineiro. Quadrado Azul, Porto. Vista da exposição, 2022.  
Isabel Carvalho e Clara Batalha, Friso de geoglífos, 2022. Gesso, spray acrílico e acrílico. Medidas variáveis 
Isabel Carvalho e Clara Batalha, Friso de geoglífos (pormenor). Gesso, spray acrílico e acrílico. Medidas variáveis 
Museu Mineiro. Quadrado Azul, Porto. Vista da exposição, 2022.  
As pequenas candeias:os últimos habitantes, 2022. Vidros, tintas de vidro e suporte de madeira. 181 x 70 x 60 cm 
Isabel Carvalho, Epistemologias civis: Por um Museu Mineiro, 2022. Gesso, Spray acrílico. 163 x 350 x 5 cm 
Isabel Carvalho, Sol Acidental, 2022. Vidros, tintas de vidro e suporte de madeira. 181 x 164 x 30 cm 
Museu Mineiro. Quadrado Azul, Porto. Vista da exposição, 2022.