A Galeria Quadrado Azul tem o prazer de anunciar o
início do segundo ano de desenvolvimento do projeto colectivo A
Gruta com a intervenção Theodora
or The Progress: Becoming Dog(Teodora ou o progresso: tornar-se cão)de Elise Lammer, com
Lucien Monot, e Julie Monot.
A performance de Elise
Lammer reforça A Gruta como
local para ampliação de possibilidades de desenvolvimento e fruição de
experiências artísticas, através de novas cosmogonias e formas de empatia.
Em diversas histórias e mitologias, os cães demonstram desempenhar
papéis muito importantes, sendo muitas vezes os portadores de um conhecimento
que vai do visível ao invisível; da consciência à subconsciência; da vida à
morte; do mundo selvagem à civilização. Recentemente, o filósofo Mark Alizart
escreveu um ensaio no qual aborda a figura do cão como pensador – alguém que
pode conhecer o verdadeiro segredo de nossa humanidade.
Mudando hierarquias, a submissão de um cão é tudo menos subserviente.
Quando considerada pelo prisma da igualdade, a submissão activa torna-se a
forma mais elevada de humildade, um poder brando que pode eventualmente levar a
um papel dominante.
Becoming Dog (Tornar-se
cão), parte de Theodora or The Progress (Theodora ou o Progresso), um projeto
que sublima o poder inerente à comunicação não verbal.
Ao longo do período de um ano, entre 2020-2021, a
plataforma de pesquisa Alpina Huus irá organizar várias
apresentações deste projeto, como exposições e performances públicas, em várias
instituições de arte na Europa. Estas apresentações serão posteriormente
editadas numa longa-metragem de 16 mm.
Julie Monot é licenciada em Artes Visuais pela HEAD em Genebra e mestre pela ECAL
em Lausanne. Trabalhando com vários meios, como performance, vídeo, fotografia
ou instalação, a sua obra concentra-se nos limites da exterioridade corporal e nos
seus modos de representação. O seu interesse pela transformação dos corpos remonta
à sua experiência profissional anterior como maquilhadora e à sua experiência
no campo das artes do espectáculo. Exposições recentes incluem Modern Nature, An Homage to Derek
Jarman pt. 1, La Becque, la Tour-de-Peilz, CH (2019); Green Room, Arsenic,
Contemporary Performing Arts Center, Lausanne, CH (2019); Overdressed, Abordage,
Saint-Sulpice, CH (2019); Ich, Ich Sehe Dich, Istituto Svizzero, Rome,
IT (2018); Ending Explained, DOC Paris, Paris , FR (2018); Artagon IV
- Heading East!; Magasin Généraux, Paris, FR (2018); Alpina Huus, Le
Commun Bâtiment d’Art Contemporain, Geneva, CH (2017)
Entre o documentário
e a ficção, Lucien Monot trabalha
exclusivamente com uma câmara Bolex de 16 mm, que lhe parece melhorar os seus
personagens, oferecendo às imagens uma relação mais tangível e sensível. Lucien
Monot apresentou os seus filmes em várias instituições e festivais suíços e
internacionais, incluindo o 25º Festival Vision du Réel, Nyon, CH (2019); 55th New York Film Festival, New
York, US (2017); 70th Locarno Festival, Locarno, CH (2017); 69th Locarno
Festival, Locarno, CH (2016); 52 Solothurner Filmtage, Solothurn, CH (2017);
31st Fribourg International Film Festival, Fribourg, CH (2017); Bucharest
International Experimental Film Festival BIEFF, Bucharest, RO (2018). Em 2016, foi premiado com o Swiss Life Silver
Pardino no 69º Festival de Locarno pelo seu filme Genesis.
Elise Lammer estudou
Artes Plásticas em Barcelona e tem um mestrado em curadoria pelo Goldsmiths
College, em Londres. Curadora do Kunstverein SALTS em Birsfelden e, desde 2015,
directora da Alpina Huus, uma plataforma de pesquisa que explora as relações
entre performance e espaço doméstico, actualmente em residência no Arsenic, Contemporary Performing Arts
Centre, em Lausanne. Desenvolve desde 2018, um projeto de
pesquisa de três anos, no formato de jardim e arquivo em homenagem a Derek
Jarman no La Becque | Residência artística em La Tour-de-Peilz. Como artista,
curadora e escritora, Elise Lammer participou internacionalmente em exposições
em instituições e galerias, Centre Culturel Suisse, Paris; Garage Museum of Contemporary Art,
Moscovo; Istituto Svizzero di Roma, Roma; MAMCO, Genebra; The Schinkel
Pavillon, Berlim; The Goethe Institut, Beijing, Hong Kong; MCBA, Lausanne, entre outros. É colaboradora das revistas CURA. e
Mousse.
Alpina Huus. Exploring Performance and Domestic Space. Iniciada em Março de
2015 no Schinkel Pavillon em Berlim, a Alpina Huus é uma plataforma de trabalho
e pesquisa, dedicada a investigar a relação entre performance e espaço
doméstico. Como plataforma itinerante e sem fins lucrativos, a Alpina Huus é
autora de muitas performances, conferências e exposições em instituições
parceiras na Europa, como o Pavilhão Schinkel, em Berlim; Istituto Svizzero di Roma; Motto
Berlin; Bâtiment D’art Contemporain (Le Commun), em Genebra; e Arsenic,
Contemporary Performing Arts Center, em Lausanne. Desde 2017, a Alpina Huus colabora regularmente com o Arsenic, Centro
Contemporâneo de Artes Performativas, em Lausanne, que organiza exposições
regulares desenvolvidas por artistas contemporâneos.