2017.05.04—2017.07.29
Esculturas
Zulmiro de Carvalho

Três esculturas: O Nascimento do quarto de círculo, 1968, Sem título, 1968 e Curvatura, 1971. Três momentos que condensam um período criativo da maior importância no trajeto do escultor Zulmiro de Carvalho. É na tensão entre a receção prolixa da arte minimal americana e a experiência da nova escultura britânica que estas esculturas constituem um exemplo claro da formalização de metodologias que transgridem com assertividade os resistentes cânones da escultura moderna que ainda se arrastavam à época no nosso contexto.
   
Nestas esculturas, o desenho do vazio é tão importante quanto a presença da forma. Aí reside uma parte substantiva da sua qualidade intrínseca. Zulmiro de Carvalho sempre soube trabalhar com o espaço interno da escultura em articulação com o espaço físico da envolvente, quer natural, quer construída. Diálogo que convoca não só a própria história da arte, como também questiona o tipo de espaço que estas obras habitam. E hoje, com os seus quase cinquenta anos, estas formas mantêm inalteráveis as suas circunstâncias únicas de pertinência e eficácia. Como todos os gestos que perduram, porque necessários.
    
Inauguração: 4 Maio, 22 horas

Zulmiro de Carvalho, Curvatura, 1971. Alumínio pintado. 290 x 225 x 100 cm. Créditos da imagem: Pedro Tropa 
Zulmiro de Carvalho, ESCULTURAS, Vista da instalação. Créditos da imagem: Pedro Tropa 
Zulmiro de Carvalho, Sem título, 1968. Alumínio pintado. 147 x 30 x 30 cm /147 x 30 x 30 cm /157 x 30 x 30 cm /181,5 x 30 x 30 cm. Créditos da imagem: Pedro Tropa 
Zulmiro de Carvalho, O nascimento do quarto de círculo, 1968. Ferro pintado. 184 x 61 x 47 cm. Créditos da imagem: Pedro Tropa